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DEFINIÇÕES DAS RELAÇÕES
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+ Introdução
+ Definições

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As relações constituem parte integrante da designada CRST, ou "Classical RST" (a teoria de estrutura retórica clássica), conforme proposto por Nick Nicholas. A esta lista de estruturas foram acrescentadas mais quatro relações, definidas mais recentemente (Método, Preparação, Incondicional e Condição inversa).

O artigo de base da RST, publicado na revista Text 8(3), é resultante de um relatório publicado anteriormente, com a referência ISI-RS-87-190. Este relatório possui, juntamente com a definição de cada uma das relações, um ou mais exemplos das mesmas e alguns comentários sobre cada relação. Alguns excertos dessa informação encontram-se disponíveis na secção de bibliografia deste website – que inclui, também, um exemplo de cada uma das quatro novas relações acima referidas. Alguns dos exemplos são provenientes de outras fontes, incluindo as análises apresentadas noutras secções deste website. Para aceder a estes exemplos, consulte a informação que se encontra por debaixo de cada uma das tabelas de definições das relações.

Cada um dos elementos da definição está implicitamente integrado numa fórmula fixa do tipo: "É plausível para o analista que foi plausível para o autor que... ."

A terminologia das definições

N corresponde ao núcleo, S ao satélite, A ao autor ou autora (escritor e/ou falante) e L ao leitor (ouvinte). Por questões de síntese, nas definições, em diversos locais, N e S referem-se às situações apresentadas por N e S; N e S nunca se referem ao texto de N ou S. Situação é um termo de sentido lato, que se utiliza para referir proposições ou crenças, acções (realizadas ou não), vontade de desempenhar uma acção e aprovação para que outra pessoa possa agir. Do mesmo modo, atitude positiva é um termo de atitude com sentido lato que, de forma genérica, abrange crenças, aprovação de ideias, vontade de agir, e aprovação para levar outra pessoa a agir – todas elas, obviamente, com conotação positiva. Os termos atitude positiva e crença (bem como os seus derivados), e plausível , acima referidos, constituem parte integrante de uma escala, e não termos binários.

Note-se que o nome da relação não faz parte integrante da utilização da definição. Obter nomes adequados para todas as relações é difícil (senão mesmo impossível), pelo que algumas definições poderão parecer inadequadas à designação – veja-se, por exemplo, Justificação.

As relações foram classificadas de acordo com dois tipos principais: núcleo-satélite e multi-nucleares (cf. a Introdução). Também é possível classificá-las de acordo com a sua natureza, de apresentação ou de conteúdo: as relações de apresentação são aquelas que têm como objectivo aumentar a posição tendencial do leitor, como, por exemplo, a vontade de agir ou o grau de atitude positiva, crença ou aceitação do núcleo; as relações de conteúdo são aquelas que têm como objectivo que o leitor reconheça a relação em causa.

Nos três quadros que se seguem apresentamos o nome da relação e a sua definição.


Definições das relações de apresentação
Nome da relação
Condições em S ou N, individualmente
Condições em N + S
Intenção do A
Antítese em N: A tem atitude positiva face a N N e S estão em contraste (cf. a relação de Contraste); devido à incompatibilidade suscitada pelo contraste, não é possível ter uma atitude positiva perante ambas as situações; a inclusão de S e da incompatibilidade entre as situações aumenta a atitude positiva de L por N A atitude positiva do L face a N aumenta
Concessão

em N: A possui atitude positiva face a N
em S: A não afirma que S não está certo

A reconhece uma potencial ou aparente incompatibilidade entre N e S; reconhecer a compatibilidade entre N e S aumenta a atitude positiva de L face a N A atitude positiva de L face a N aumenta
Capacitação em N: apresenta uma acção de L (incluindo a aceitação de uma oferta), não realizada face ao contexto de N A compreensão de S por L aumenta a capacidade potencial de L para executar a acção em N A potencial capacidade de L para executar a acção em N aumenta
Evidência

em N: L pode não acreditar em N a um nível considerado por A como sendo satisfatório
em S: L acredita em S ou considera-o credível

A compreensão de S por L aumenta a crença de L em N A crença de L em N aumenta
Fundo em N: L não compreende integralmente N antes de ler o texto de S S aumenta a capacidade de L compreender um elemento em N A capacidade de L para compreender N aumenta
Justificação nenhuma A compreensão de S por L aumenta a sua tendência para aceitar que A apresente N A tendência de L para aceitar o direito de A a apresentar N aumenta
Motivação em N: N é uma acção em que L é o actor (incluindo a aceitação de uma oferta), não realizada face ao contexto de N A compreensão de S aumenta a vontade de L para executar a acção em N A vontade de L para executar a acção em N aumenta
Preparação nenhuma S precede N no texto; S tende a fazer com que L esteja mais preparado, interessado ou orientado para ler N L está mais preparado, interessado ou orientado para ler N
Reformulação nenhuma em N + S: S reformula N, onde S e N possuem um peso semelhante; N é mais central para alcançar os objectivos de A do que S L reconhece S como reformulação
Resumo em N: N deve ser mais do que uma unidade S apresenta uma reformulação do conteúdo de N, com um peso inferior L reconhece S como uma reformulação mais abreviada de N


        

Definições das relações de conteúdo
Nome da relação
Condições em S ou N, individualmente
Condições em N + S
Intenção do A
Alternativa (anti-condicional)

em N: N representa uma situação não realizada
em S: S representa uma situação não realizada

realização de N impede a realização de S L reconhece a relação de dependência de impedimento que se estabelece entre a realização de N e a realização de S
Avaliação nenhuma em N + S: S relaciona N com um grau de atitude positiva de A face a N L reconhece que S confirma N e reconhece o valor que lhe foi atribuído
Causa involuntária em N: N não representa uma acção voluntária S, por outras razões que não uma acção voluntária, deu origem a N; sem a apresentação de S, L poderia não conseguir determinar a causa específica da situação; a apresentação de N é mais importante para cumprir os objectivos de A, ao criar a combinação N-S, do que a apresentação de S L reconhece S como causa de N
Causa voluntária em N: N constitui uma acção voluntária ou mesmo uma situação possivelmente resultante de uma acção voluntária S poderia ter levado o agente da acção voluntária em N a realizar essa acção; sem a apresentação de S, L poderia não perceber que a acção fui suscitada por razões específicas ou mesmo quais foram essas razões; N é mais importante do que S para cumprir os objectivos de A, na criação da combinação N-S L reconhece S como a causa da acção voluntária em N
Circunstância em S: S não se encontra não realizado S define um contexto no assunto, no âmbito do qual se pressupõe que L interprete N L reconhece que S fornece o contexto para interpretar N
Condição em S: S apresenta uma situação hipotética, futura, ou não realizada (relativamente ao contexto situacional de S) Realização de N depende da realização de S L reconhece de que forma a realização de N depende da realização de S
Condição inversa nenhuma S afecta a realização de N; N realiza-se desde que S não se realize L reconhece que N se realiza desde que S não se realize
Elaboração nenhuma

S apresenta dados adicionais sobre a situação ou alguns elementos do assunto apresentados em N ou passíveis de serem inferidos de N, de uma ou várias formas, conforme descrito abaixo. Nesta lista, se N apresentar o primeiro membro de qualquer par, então S inclui o segundo:
conjunto :: membro
abstracção :: exemplo
todo :: parte
processo :: passo
objecto :: atributo
generalização :: especificação

L reconhece que S proporciona informações adicionais a N. L identifica o elemento do conteúdo relativamente ao qual se fornece pormenores
Incondicional em S: S poderia afectar a realização de N N não depende de S L reconhece que N não depende de S
Interpretação nenhum em N + S: S relaciona N com várias ideias que não se encontram directamente relacionadas com N, e que não estão relacionadas com a atitude positiva de A L reconhece que S relaciona N com várias ideias que não se encontram relacionadas com o conhecimento apresentado em N
Método em N: uma actividade S apresenta um método ou instrumento que tende a aumentar as probabilidades de realização de N L reconhece que o método ou instrumento de S tende a aumentar as probabilidades de realização de N
Propósito

em N: N é uma actividade;
em S: S é uma situação que não se encontra realizada

S será realizado através da actividade de N L reconhece que a actividade em N se inicia para realizar S
Resultado involuntário em S: S não representa uma acção voluntária N causou S; a apresentação de N é mais importante para cumprir os objectivos de A, ao criar a combinação N-S, do que a apresentação de S L reconhece que N poderia ter causado a situação em S
Resultado voluntário em S: S constitui uma situação ou acção voluntária possivelmente resultante de uma acção voluntária N pode ter causado S; a apresentação de N é mais importante para cumprir os objectivos de A do que a apresentação de S L reconhece que N pode ser uma causa da acção ou situação em S
Solução em S: S apresenta um problema N constitui uma solução para o problema apresentado em S L reconhece N como uma solução para o problema apresentado em S


        

Definições das relações multi-nucleares
Nome da relação
Condições em cada par de N
Intenção de A
Conjunção Os elementos unem-se para formar uma unidade onde cada um dos elementos desempenha um papel semelhante L reconhece que os elementos inter-relacionados se encontram em conjunto
Contraste Nunca mais de dois núcleos; as situações nestes dois núcleos são (a) compreendidas como sendo as mesmas em vários aspectos (b) compreendidas como sendo diferentes em alguns aspectos, e (c) comparadas em termos de uma ou mais destas diferenças L reconhece a possibilidade de comparação e a(s) diferença(s) suscitadas pela comparação realizada
Disjunção Um dos elementos apresenta uma alternativa (não necessariamente exclusiva) à(s) outra(s) L reconhece que os elementos inter-relacionados constituem alternativas
Junção nenhuma nenhuma
Lista Um elemento comparável a outros e ligado a outro N através de uma relação de Lista L reconhece a possibilidade de comparação dos elementos relacionados
Reformulação multi-nuclear Um elemento constitui, em primeiro lugar, a repetição de outro, com o qual se encontra relacionado; os elementos são de importância semelhante aos objectivos de A L reconhece a repetição através dos elementos relacionados
Sequência Existe uma relação de sucessão entre as situações apresentadas nos núcleos L reconhece as relações de sucessão entre os núcleos

 

 
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